domingo, 16 de setembro de 2012

Planos e política para o Automobilismo Paulista


Amigos do Automobilismo de Garagem

Li hoje no blog do colega de pista Flavio Gomes (mais um dos seus ótimos textos) sua visão sobre o automobilismo no país, sobre a falta de público em um evento tão atrativo como as Seis Horas de Interlagos.

Preciso, realista e triste.

Tive interesse em ler os inúmeros comentários dos seus seguidores, aos quais me incluo.

Quero trazer aqui minha contribuição.

Tenho uma visão de confiança na reconstrução, pois entendo que é o que nos resta fazer. Ou então assumir a morte.

Mas esta não deve ser antecipada, mesmo que o doente seja terminal. Eu acredito, ou como disse o cara há quatro anos, NÓS PODEMOS!

Vamos lembrar alguns fatos bons:

- Os últimos meses foram intensos em fatos, conversas e planos.
Um inusitado patrocínio para vinte Formula Vees nas etapas restantes do campeonato.
O movimento do abaixo-assinado com 318 assinaturas, que foi entregue para a Secretaria de Turismo, com reivindicações objetivas e que caminham para serem atendidas.
- Um projeto de lei, elaborado pelo vereador Floriano Pesaro, que define o Campeonato Paulista de Automobilismo como evento oficial da cidade.
- O crescimento dos grids da Formula Vee e da Classic Cup.

Pois bem, vamos aproveitar os bons resultados, acreditar e evoluir.

Iniciamos as conversas para termos um grande dia em 2013, um dia de Grande Prêmio.

A proposta é trabalharmos para fazer um evento com muitos carros, belas pinturas, atrações para o público, homenagens aos ídolos do passado.

Para celebrar o início de uma nova fase.

Vamos unir forças em torno da FASP e dos clubes, aproximar as categorias, resgatar ideias para o automobilismo paulista, palco de provas fantásticas e fábrica de talentos.

Temos que nos encontrar na pista ou nos botecos, trabalhando para este grande dia, o dia da virada.

Somos capazes de resgatar o interesse da sociedade no automobilismo, somos capazes de trazer público para as arquibancadas, somos capazes de ampliar presença nas noticias de jornais.

Somos capazes porque problemas como este, baixo interesse do mercado, ineficiência operacional, perda de clientes, faz parte da rotina de todos nós que trabalhamos com isso. E resolvemos, não é verdade?

Por que no caso do automobilismo, algo que temos um interesse genuíno, não seremos capazes de resolver?

Mas sem ilusões, trata-se de uma reconstrução, com resultados a longo prazo.

Temos que acreditar que podemos, fazendo o diagnóstico preciso e planejando as ações.

Vamos nesta missão, trabalhar pelo que gostamos?

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Em boas mãos



Há algum tempo decidi migrar para a Formula Vee. Fui contaminado pelo carrinho após poucas voltas no "lotus verde amarelo 38".

O prazer do vento, do cheiro da borracha, de "sentir ser um piloto como meus ídolos" fez minha cabeça.

Decidi montar um que já anda pelo Templo, carenado de Copersucar 30, uma homenagem a Divila e Wilson.

Mas minha felicidade não era plena porque meu coração resistia em abandonar o Puma laranja, que me trouxe de volta para a pista.

Precisava vender, mas o sentimento de abandono do companheiro era forte.

Recebi propostas, mas dei um jeito de negar com elegância.


Era um sábado, final de tarde, quando ligou o companheiro de primeira hora, João Peixoto:

- Macelo (seu sotaque alagoano), tem aqui ao meu lado mais um louco. Ele quer o Puma.
- Se for o Faustino, é dele. E era!

Faustino, "o espanhol", também é da primeira hora. Nos conhecemos em 75, trabalhando para construir e gerenciar um complexo de indústrias no Vale do Ribeira, onde ainda mora. João Peixoto era o médico que nos ajudava a curar as crises. Algumas, pura frescura.

Nossa negociação não durou um minuto.

-Faustino, se quiser, é seu. Para você, entrego meu Puma como um pai entrega a filha no altar.

E assim foi.

- Marcelo, só quero brincar , falou o “espanhol".

Sua estreia foi fantástica, saiu com a criança e trouxe de volta para casa, salva, sem arranhões.

O trio de loucos do Vale do Ribeira está novamente junto no pitlane do Templo. Mais velhos, um pouco mais gastos, mas realizando planos revelados na porta do ambulatório ou consertando a subestação para trazer luz ao clube na noite da Festa do Queijo e Vinho.

Faustino, seja feliz com a Puma.