domingo, 12 de fevereiro de 2012

Meus limites e novas paixões

Primeira saída de box com o Puma
Em 2008 voltei a acelerar após mais de 25 anos.
Um Puma laranja me levou a curvas e retas em velocidade.
Às vezes a contragosto, tamanha a vontade de sentir o tempo não passar em Interlagos.
Tive vontade de descer ao Lago com o motor desligado só para ouvir o silêncio.
No começo, fazer o Café "em flat" só com a mão esquerda. A direita, fazendo o sinal da cruz.
Mas logo logo, aprendi e acelerei.
Fiquei cheio, me olhavam desconfiado. Quem é este "cara"?
Fiz alguns "temporais".
Mas a verdade logo veio, uma panca no laranja me devolveu à realidade. Medíocre piloto, um comum. Ainda tentei, mas a falta de sintonia entre cabeça e pé foi se agravando.
Que pé rebelde desobediente. Vai, pé! Tô mandando apertar!


De 2:01 para 2:05 para 2:07... Despencando.
Na chuva, nem pensar.
Cheguei em casa, capacete na mão.
Senti meu casco Bell querendo descanso e percebi o cabideiro do escritório se oferecendo.
Lá o pendurei e senti sua gratidão.
Reconheço, de 2:01 para 2:07... Meu tempo passou...
É triste aceitar: Meu tempo passou.

Do topo da escada, olho para traz e vejo o Bell azul no cabide
Mas alguns degraus para baixo toca o telefone.
-...................................QUER?
-QUERO!

Meia volta, passo a mão no Bell, um afago e sinto que compreende. Um novo amor me chamou. 


Meio sem jeito, penso em como explicar ao Puma laranja? Falar que o problema não é ele, sou eu. Penso em pedir um tempo.

Que é isso, Marcelo? Você é decidido, nada de firulas. Encho o peito:
-Querido e amado Puma, tenho outro amor. É a Formula Vee, Adeus.


Primeira volta com o Formula Vee



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