terça-feira, 31 de janeiro de 2012

"Xuxinha" Zucarelli (parte I) - O começo

Na metade dos anos 80, corríamos de kart nas ruas do Vale do Ribeira.
Uma insanidade. Pneus, guias e postes eram os limites e causaram danos irreversíveis em colegas de aventura.
Um dos "loucos" era João Peixoto (hoje na Classic Cup) com quem formaria equipe. Outro era Sergio Zucarelli.


No inicio dos anos 90 recebo um telefonema: Era o Sergio.
- Marcelo, o Diogo meu filho está andando de cadete e eu não quero cuidar disso. Este ambiente de pista me irrita, qualquer dia dou porrada em alguém! Quero que você cuide da carreira dele.
Você gosta e confio em você. E tem mais, não quero nem saber, ou você cuida ou ele para de correr!
Diogo era baixinho, loirinho, olhos azuis claros e por isso na pista era conhecido como "Xuxinha".
A missão: Cuidar da carreira do Diogo.
Tomei aquilo como uma farra para os finais de semana.
Não imaginava o que viria pela frente.
Diogo já havia aparecido em um Globo Repórter como Um Jovem Talento no Esporte.
Quando a jornalista perguntou ao moleque o que queria ser, só poderia vir: Campeão de F1!


Em 92, com o "paitrocínio" no limite, fez o último ano de cadete.
Eu, além de frequentar o kartódromo tentando ajudar no que era possível (quanta malandragem), buscava patrocinadores porque a grana tinha acabado.
Voltei a frequentar os preparadores que eu havia conhecido e trabalhado quando era kartista(Tchê, Pelé, Quirino, Katroque, a fabrica Mini do Sr. Mario).
No kartódromo logo me apelidaram de Ron Dennis, (com jeitão de entendido mas sem fazer nada), mas um tempo depois já estava merecendo a "carterinha de malandro".
Me divertia posando de Ron.


A rodinha de futebol no estacionamento do kartódromo era: Pizzonia, Ricardo Mauricio, Bernoldi, Nicastro, uma menina mais novinha chamada Bia (hoje na Indy) e até um garoto que na pista era "encardido", um tal de Felipe, que mais tarde ficou famoso usando macacão vermelho.

Janeiro de 93, uma quarta-feira, toca o telefone. Era o Diogo:
- Tio, a tia Marlene ligou e pediu para eu ir para o Rio amanhã.
- Quem é esta Marlene?
- Aquela que manda na Xuxa. Eu não falei prô senhor mas eu fiz uma cartinha pra tia Xuxa pedindo grana pra correr e ela mandou me chamar.
- O que voce pediu?
- Pedi 3 mil dólares por corrida! (Diogo tinha 11 anos).
- Que coisa maluca Diogo, vai então e me conta!

Quinta feira:
- Tio, aqui é o Diogo, tô no Rio, a tia Marlene falou comigo e perguntou o que quero da vida. Falei que quero ser o novo Senna. Ela então disse que vai me levar ao meu sonho e amanhã a Xuxa me quer no programa.
 - Rabudo!!!!

Sexta feira:
- Tio, aqui é o Diogo. Fui no programa, a tia Xuxa me chamou no palco, me apresentou como novo patrocinado da empresa de turismo Xuxatour e disse que tudo que ela toca vira ouro. Pôs a mão na minha cabeça e disse que ia me fazer campeão!
-Rabudo!

Na metade dos anos 80, corríamos de kart nas ruas do Vale do Ribeira.
Uma insanidade. Pneus, guias e postes eram os limites e causaram danos irreversíveis em colegas de aventura.
Um dos "loucos" era João Peixoto (hoje na Classic Cup) com quem formaria equipe. Outro era Sergio Zucarelli.


No inicio dos anos 90 recebo um telefonema: Era o Sergio.
- Marcelo, o Diogo meu filho está andando de cadete e eu não quero cuidar disso. Este ambiente de pista me irrita, qualquer dia dou porrada em alguém! Quero que você cuide da carreira dele.
Você gosta e confio em você. E tem mais, não quero nem saber, ou você cuida ou ele para de correr!
Diogo era baixinho, loirinho, olhos azuis claros e por isso na pista era conhecido como "Xuxinha".
A missão: Cuidar da carreira do Diogo.
Tomei aquilo como uma farra para os finais de semana.
Não imaginava o que viria pela frente.
Diogo já havia aparecido em um Globo Repórter como Um Jovem Talento no Esporte.
Quando a jornalista perguntou ao moleque o que queria ser, só poderia vir: Campeão de F1!


Em 92, com o "paitrocínio" no limite, fez o último ano de cadete.
Eu, além de frequentar o kartódromo tentando ajudar no que era possível (quanta malandragem), buscava patrocinadores porque a grana tinha acabado.
Voltei a frequentar os preparadores que eu havia conhecido e trabalhado quando era kartista(Tchê, Pelé, Quirino, Katroque, a fabrica Mini do Sr. Mario).
No kartódromo logo me apelidaram de Ron Dennis, (com jeitão de entendido mas sem fazer nada), mas um tempo depois já estava merecendo a "carterinha de malandro".
Me divertia posando de Ron.


A rodinha de futebol no estacionamento do kartódromo era: Pizzonia, Ricardo Mauricio, Bernoldi, Nicastro, uma menina mais novinha chamada Bia (hoje na Indy) e até um garoto que na pista era "encardido", um tal de Felipe, que mais tarde ficou famoso usando macacão vermelho.

Janeiro de 93, uma quarta-feira, toca o telefone. Era o Diogo:
- Tio, a tia Marlene ligou e pediu para eu ir para o Rio amanhã.
- Quem é esta Marlene?
- Aquela que manda na Xuxa. Eu não falei prô senhor mas eu fiz uma cartinha pra tia Xuxa pedindo grana pra correr e ela mandou me chamar.
- O que voce pediu?
- Pedi 3 mil dólares por corrida! (Diogo tinha 11 anos).
- Que coisa maluca Diogo, vai então e me conta!

Quinta feira:
- Tio, aqui é o Diogo, tô no Rio, a tia Marlene falou comigo e perguntou o que quero da vida. Falei que quero ser o novo Senna. Ela então disse que vai me levar ao meu sonho e amanhã a Xuxa me quer no programa.
 - Rabudo!!!!

Sexta feira:
- Tio, aqui é o Diogo. Fui no programa, a tia Xuxa me chamou no palco, me apresentou como novo patrocinado da empresa de turismo Xuxatour e disse que tudo que ela toca vira ouro. Pôs a mão na minha cabeça e disse que ia me fazer campeão!
-Rabudo!
Xuxinha (15) ultrapassando Massa (20)
na categoria Jr. Menor, Camp. Paulista 93


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